Ao adquirir o curso, é liberado o conteúdo dos cinco primeiros módulos para o período de avaliação. Após esse período, os demais módulos surgem na plataforma a partir do 10º dia
MÓDULO 1 - CINEMA E SOCIEDADE
Aula 0 – 9:29
INTRODUÇÃO AO ATO DE VER
Antes de começarmos a ver os conceitos iniciais que vão preparar nossa jornada pelo mundo da interpretação e da compreensão da linguagem, uma amostra de como é possível observar um filme ou comparar ele com outro extraindo muito mais do que vemos na superfície, introduzindo o ato de ver um filme
Aula 1 – 20:25
O CINEMA E SEU LUGAR NO MUNDO
A maneira como vemos os filmes reflete a maneira como vemos o mundo. E todo filme reflete a sociedade do tempo em que foi feito. Nesse módulo, falamos sobre a importância do filme como reflexo de sua época e sua relação com as outras artes, que constróem em torno do filme o potencial de ser a mais abrangente e discursiva das artes
Aula 2 – 21:02
A abstração do Olhar na Arte
Um filme é a maneira mais próxima de representar a realidade, mas ele também pode ser tudo, menos expressão da realidade. A partir de uma fala de David Lynch, falamos aqui sobre como é importante desenvolver a capacidade de abstração ao olhar para um filme, assim como outras obras de arte, para ampliar nossa capacidade de entender o discurso, as intenções e as realizações dos filmes.
Aula 3 – 21:05
Cinema e Linguagem
O cinema é uma linguagem? O cinema tem uma gramática? A aproximação e o afastamento do cinema em relação a outras linguagens e a lógica de como funciona sua sintaxe. Última aula conceitual de preparação para balizar nossa capacidade de interpretar os filmes
MÓDULO 2 - O OLHAR PARA O FILME
MÓDULO 2 - O OLHAR PARA O FILME
Aula 4 – 16:48
Cognição e Identificação
O ato de ver um filme envolve dois processos: um é cognitivo, e envolve a aplicação de todo o conhecimento que você carrega consigo – e vai aperfeiçoar por meio do curso – e o outro envolve a maneira como nos identificamos com o que está em cena. Entender isso pode ser o primeiro passo para entender nossas reações ao que vemos, à parte a qualidade técnica ou formal do filme em si
Aula 5 – 15:29
Expectativa e Estranhamento Um filme é um contínuo renovar de expectativas, em que elas são saciadas ou frustradas, provocando nossa participação ativa em um filme. E a maneira como essas expectativas são saciadas ou frustradas provocam maior ou menor estranhamento. Vamos ver a importância desses dois conceitos para entender, também, nossas reações de aproximação ou afastamento de certos filmes
Aula 6 – 07:04
A fisiologia da Percepção
James Monaco diz que existem três tipos de percepção em jogo quando olhamos para um filme como “leitores”, em que entram em jogo nossa capacidade de perceber, de relacionar e de questionar. Quanto mais processos estiverem envolvidos, melhor espectador você será
Aula 7 – 09:08
O olhar iconológico sobre o filme
Erwin Panofsky, renomado pesquisador e historiador da arte, desenvolveu um método iconológico de aproximação para interpretar uma obra de arte, uma espécie de “fases” pelas quais se passa para observar e melhor entender a arte. Seu método pode ser aplicado em qualquer tipo de arte, e é uma interessante introdução sobre o processo semiótico que todo espectador desenvolve ao assistir a um filme, mesmo que não perceba
MÓDULO 3 - SIGNIFICADO E INTERTEXTO
MÓDULO 3 - SIGNIFICADO E INTERTEXTO
Aula 8 – 13:30
Introdução à semiótica fílmica
Primeiros conceitos sobre semiótica, sobre linguagem e sobre língua. A UNICIDADE do cinema e sua UNIVERSALIDADE apontam a importância de entender a linguagem, porque ela será sempre a mesma, independente do idioma.
Aula 9 – 10:00
Signo, Metáforas e Metonímias
Por quê os signos no cinema são chamados de “signos de curto circuito”? Quais as relações entre significante e significado no audiovisual? A importância das metáforas e metonímias para expressar significados
Aula 10 – 07:30
Todo Olhar é uma Forma de Ver
Segundo Sergei Eisenstein, “toda imagem conduz a um sentimento”. E toda forma de olhar para uma imagem – e logicamente, afetar o sentimento produzido – tem relação com nossas expectativas, nossa bagagem cultural e nossas experiências. Falamos um pouco sobre a particularidade individual do olhar sobre os filmes
Aula 11 – 12:40
A Grande Sintagmática
Parte da grande sintagmática de Metz, pai da semiologia do cinema, está na descrição do que ele chama de sintagmas, e a base deles está sempre em observar como os planos se comportam em relação a outros planos. Vamos conhecer os sintagmas de Metz, numa aula que de certa forma adianta alguns conceitos que veremos melhor no módulo 8
Os Códigos Cinematográficos
Filmes conversam conosco e esse diálogo é permitido pela presença de diferentes códigos que articulam sentido. Códigos do cinema, códigos de outras artes, códigos de comportamento social. Eles estão sempre em ação, e conhecer eles é mais um passo na nossa bagagem de reconhecer a quantidade de olhares possíveis para um filme
Aula 13 – 09:49
A Significação no Cinema
Filmes trazem significados denotativos e conotativos. Um é direto, o outro pede uma interpretação, ambos surgem a partir das escolhas do diretor. A partir das opções dele de como filmar um plano (na dialética interna ou externa, em relação a ele apenas ou em relação aos demais planos) é possível LER o que vemos e interpretar, questionando “porque ele filmou assim” e “de que forma o que eu vejo complementa o que veio antes”. Vamos ver aqui o que são sentidos paradigmáticos e sintagmáticos
Aula 14 – 11:22
Os Tipos de Significados
David Bordwell e Kristin Thompson conceituam quatro tipos de significados possíveis de serem desenvolvidos num filme: explícito, implícito, referencial e sintomático. Aqui, nessa aula, apresentamos esses significados e explicamos como eles aprofundam gradualmente nosso olhar para o filme
Aula 15 – 18:46
Alegorias e Simbolismos
“Toda imagem em um filme é mais ou menos simbólica”. A afirmação de Marcel Martin é o ponto inicial para uma aula em que observamos, a partir de vários exemplos, o potencial do filme se tornar uma alegoria representativa de uma ideia ou expressar, de diferentes maneiras, mensagens inserindo cargas simbólicas em objetos, repetições ou em seu contexto geral
Aula 16 – 19:03
Motivos e Paralelos
A repetição configura uma das mais usuais ferramentas usadas pelo cinema para expressar uma ideia, seja para configurar um contraponto ou uma comparação, ou para definir uma identidade ou expressar um discurso pela forma sistemática como ela aparece em um filme. Nessa aula, vemos o conceito de motivo narrativo e de paralelos e como eles expressam intenções em uma obra audiovisual.
Aula 17 – 27:09
Cinema e Intertextualidade
Filmes não existem sozinhos no mundo. Todo filme é um amálgama de diferentes artes que expressa, em si, relações complexas e abrangentes com o mundo e com outras artes. É através da intertextualidade, que aproxima outros filmes e outras formas de expressão, que os filmes enriquecem a si próprios a partir da maneira com o público reconhece esses outros textos e os integra à experiência do filme
MÓDULO 4 - O PLANO E SUA EXPRESSIVIDADE
MÓDULO 4 - O PLANO E SUA EXPRESSIVIDADE
Aula 18 – 10:26
O Plano, unidade fundamental
Qual é a unidade fundamental do cinema? O olhar para o frame e para o plano dividem essa particularidade, mas é certo que o plano contém a atenção básica inicial daquilo que consideramos como linguagem audiovisual. Nessa aula a gente fala sobre isso e sobre as primeiras definições quando vemos um filme, sobre a objetividade ou subjetividade do olhar da câmera
Aula 19 – 15:21
Campo e extracampo
Cinema é visual, mas ele funciona, diferente da pintura, baseado na ideia de que o campo de sua narrativa é mais amplo do que aquilo que nós efetivamente vemos em tela. Debatemos e vemos aqui como é importante atentar para o extracampo, ou fora de campo, todo o conjunto de coisas que não estão visíveis mas são igualmente importantes
Aula 20 – 09:56
Quebrando a quarta parede
Existe uma distância que nos deixa confortáveis ao vermos um filme, uma espécie de janela (a tela) que nos oferece a segurança de observar os acontecimentos de um filme protegidos por uma parede invisível que separa nosso mundo do mundo do filme. Mas e quando essa parece é quebrada, e o filme fala conosco? E esse olhar para nós, sempre é uma quebra?
Aula 21 – 13:35
Campo e Contracampo
O surgimento da montagem trouxe com ela a construção de um jogo de planos que se opõem espacialmente para permitir que acompanhemos as interações entre personagens. Mas o campo/contracampo permite que se diga/mostra muito mais nas entrelinhas, quando se observa como se dá essa construção em termos de composição
Aula 22 – 15:00
As Propriedades Discursivas
Robert Hunt conceitua o que chama de propriedades discursivas. São pontos que o cineasta deve considerar ao pensar em decupar (planejar) um plano, propriedades da câmera que ajudam a passar uma ideia e dizem respeito a uma pergunta: como eu filmo isso, e porquê eu filmo assim?
Aula 23 – 12:20
Escala de Planos
A base da chamada escala de planos é o corpo humano. A partir da maneira como enquadramos o corpo humano no quadro, temos uma escala de aproximação que traz, junto, uma nomenclatura própria. Ainda que essa nomenclatura esteja longe de ter uma padronização, é interessante entender ela e os eventuais usos que se possa fazer dela
Aula 24 – 11:40
O Enquadramento como expressão
No cinema, a composição é a estética visual do plano. Diz respeito ao resultado da aplicação das chamadas propriedades discursivas, e não tem regras. A quebra de convenções ou a maneira como eu posiciono os elementos em jogo no plano pode dizer muito sobre as intenções de discurso visual daquele plano.
Aula 25 – 12:15
Composição, poder e discurso
Pela maneira como eu componho os elementos no plano e os enquadro, eu posso expressar relações de poder ou estabelecer discursos compreensíveis a partir do olhar sobre o que há junto ao principal foco daquele plano. Vamos ver como o enquadramento pode expressas poder e fragilidade
Aula 26 – 16:21
Princípios do Design Visual
Blain Brown conceitua, em seu livro CINEMATOGRAFIA, o que ele denomina de Princípios do Desgn Visual, aspectos usualmente encontrados (nem sempre ao mesmo tempo) nos filmes que expressam muito das intenções do diretor ao enquadrar e compor seus planos. Vamos conhecer esses princípios com exemplos de sua aplicação
Aula 27 – 14:39
Mundo Aberto e Mundo Fechado
Eu posso mostrar as coisas de forma fechada (com pouco espaço e próximo ao personagem) ou de forma aberta (na relação entre o personagem e o espaço ao seu redor). Essa simples escolha de enquadramento também é discursiva, e, mudando ao longo de um filme, pode expressar a própria situação das personagens
Aula 28 – 13:21
Razão de Aspecto no cinema
O cinema se desenvolveu com diferentes razões de aspecto, em diferentes momentos da história do cinema. Mais do que perceber como ela pode mudar e como se transformou – e os motivos disso – é interessante vermos como, em cada razão de aspecto, as coisas acontecem dentro dos limites escolhidos (ou impostos) ao cineasta
Aula 29 – 13:28
Profundidade de Campo
A escolha das lentes com as quais o cineasta filma algo envolve escolhas que trazem, como resultado, aproximação, ampliação, lateralidade e foco. Observar tudo em foco ou aproximar os personagens e desfocar o entorno é uma escolha que, normalmente, tem uma função expressiva
Aula 30 – 11:00
Movimentos de Câmera
“A história da evolução do cinema é a história da libertação da câmera”. A frase ajuda a resumir a importância da movimentação da câmera para fazer escolhas referentes ao campo e como ela nos conduz a percorrer a diegese do filme. Vamos ver quais são os tipos de movimentos de câmera e asa consequências de suas escolhas
Aula 31 – 15:00
Ângulos de Câmera
Uma das questões a serem feitas na decupagem é “de que angulação eu vou filmar isso?” O cineasta tem diferentes ângulos com os quais pode observar o que está registrando, e sua escolha pode tanto ter relação com a melhor maneira de observar o mundo do filme como a querer expressar uma ideia
MÓDULO 5 - MISE-EN-SCÈNE E SEUS ELEMENTOS
MÓDULO 5 - MISE-EN-SCÈNE E SEUS ELEMENTOS
Aula 32 – 21:00
O Que é Mise-en-scène
Tudo o que você vê é planejado para ser visto da exata forma que você vê, mesmo que sem intenções maiores que a própria ambientação fundamental da obra. Cabe ao espectador dialogar com o filme e perceber as intenções daquilo que vemos. Se no módulo anterior vimos COMO enquadrar o mundo, agora vamos ver a influência DO QUE É enquadrado dentro da obra
Aula 33 – 11:00
Cenário e suas funções
O espaço é um dos elementos expressivos mais importantes do cinema pela maneira como age, inconscientemente, na percepção que o espectador tem do que acontece na sua frente. Ele é pensado e desenvolvido de acordo com quatro fatores relacionados à função que ele vai exercer na obra
Aula 34 – 19:00
Cenário como Microcosmo
Ampliando a aula anterior a outras ideias de outros autores, temos três tipos de funções exerecidas pelo cenário numa obra, e uma delas, a mais discursiva, é transformar o ambiente em um microcosmo que reúne toda uma estrutura social para fins discursivos
Aula 35 – 08:15
Tipos de Cenários
A identificação do tipo de cenário, dentro das classificações propostas por Martin, ajuda tanto o crítico como o estudioso ou o leigo a perceber melhor qual a função que o cineasta pretende dar a esse elemento dentro da proposta da obra
AULA 36 – 08:21
INTRODUÇÃO AO FIGURINO E MAQUIAGEM
Figurino e Maquiagem fazem parte do arsenal de ferramentas expressivas do cinema e são muitas vezes absorvidas de maneira natural, mas estão sempre desempenhando uma função, da mais básica às mais discursivas. A aula introduz o tema com alguns exemplos
Aula 37 – 08:33
Tipos de Figurinos
Classificações, para o espectador, não servem para estudo, mas para percepção do papel do figurino dentro da proposta do filme. Segundo Martin, o figurino no cinema pode ser classificado de três maneiras, e identificar elas ajuda a entender tanto contexto de época de produção como de função dentro da obra
Aula 38 – 15:54
Como age o figurino
Conhecidos os tipos de figurinos e suas possibilidades dentro de uma história, vamos agora, a partir de uma série de exemplos, ver como diferentes tipos de figurino podem ajudar a contar uma história.
Aula 39 – 19:00
A Importância da Fotografia
A fotografia é normalmente abordada como elemento técnico da cinematografia, envolvendo lentes e equipamentos, mas aqui no curso a gente coloca no módulo de mise-en-scène pela abordagem voltada aos poderes expressivos da fotografia de um filme e sua relação com a iluminação, elemento da mise-en-scène. E a gente parte da seguinte premissa: fotografia não são imagens bonitas. O que define uma fotografia em um filme, afinal?
Aula 40 – 20:29
A iluminação como discurso
Mais do que conhecer tipos de luz, intensidade, posicionamento e nomes, vamos aqui começar a perceber como essas possibilidades permitem contar histórias a partir de convenções – ou quebras de convenções – acerca do poder da luz sobre a trajetória dos personagens. É hora de começar a reconhecer a luz usada em cena e seu poder discursivo
Aula 41 – 13:43
Como age a luz no cinema
A luz pode agir de diferentes maneiras, a partir das intenções do diretor. Vamos ver diferentes formas de entender o uso da luz em filmes como Cidadão Kane, Lincoln, Luz de Inverno, A Paixão de Ana, Zodíaco, 12 anos de Escravidão, Os Amantes de Montparnasse, A Paixão de Cristo e As Vinhas da Ira
Aula 42 – 21:11
Introdução à cor no cinema
A cor pode ser observada em um filme a partir de dois critérios e age sobre nós de quatro formas diferentes, a rigor. Nessa aula introdutória começamos a ver o poder e a influência da cor, não apenas na criação de sentido, mas ajudando a criar e dar sentido ao mundo diegético que vemos no filme
Aula 43 – 20:45
Usos da Cor no Cinema
Já vimos algumas orientações de como a cor pode ser observada por nós, agora é hora de vermos alguns exemplos de diferentes aplicações que vão desde a escolha da saturação da paleta de cores até a presença deles na iluminação, nas transições ou na criação de sentido
Aula 44 – 23:55
Encenação e Blocagem
Dos elementos da mise-en-scène, a blocagem talvez seja o mais imperceptível ao espectador, uma arte derivada do teatro que expressa o cuidado do realizador em encenar para a câmera – logo para o espectador – o que acontece dentro do plano.
MÓDULO 6 - FORMA E NARRATIVA
MÓDULO 6 - FORMA E NARRATIVA
Aula 45 – 16:23
O filme como sistema formal
O que é a FORMA do filme? A partir de diferentes autores, introduzimos aqui a noção de forma como a expressão conjunta dos elementos que compõem um filme, em direção a uma proposta. É necessário compreender a importância da forma e como ela age nas nossas expectativas em relação à uma estrutura que funciona quase como um sistema formal, que pode atender ou desafiar nossas expectativas
Aula 46 – 24:18
FORMA, EXPECTATIVA E EMOÇÃO
A maneira como a forma é desenvolvida tem relação com a proposta do filme e nossa relação com ela é construída pela obra ou pelas nossas noções externas à obra. Reagimos a um filme baseado na nossa compreensão de como o conteúdo é tratado, e reagimos a ele também motivados pela manipulação dos elementos formais
Aula 47 – 24:18
PRINCÍPIOS DA FORMA FÍLMICA
Se podemos entender a forma como um sistema que agrega a maneira como diferentes elementos expressivos agem na direção de concretizar artisticamente uma proposta narrativa, também podemos buscar identificar certos princípios que regem o funcionamento desse sistema. Bordwell e Thompson tentaram fazer isso e apontaram cinco princípios da forma do filme
Aula 48 – 13:00
INTRODUÇÃO À NARRATIVA FÍLMICA
Contas histórias é inerente ao ser humano. Contamos e ouvimos histórias desde antes de desenvolvermos uma linguagem. Obviamente o cinema se tornou uma das formas mais completas e complexas para contar histórias, e deve ao fascínio humano pela narrativa a sua popularidade. Começamos aqui a entender os conceitos de narrativa, e a diferenciar a história do enredo
AULA 49 – 20:00
RELAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E NARRATIVA
Aprendemos que existe uma diferença entre a história e o enredo de um filme – e que a Narrativa compreende as decisões relacionadas à maneira como contamos essa história a partir do que se decide por ser o enredo da obra.
Nessa relação o que acontece, o que selecionamos para mostrar e a maneira como mostramos, existem diferentes maneiras de criativamente expor os fatos. Veremos nessa aula três dessas maneiras expostas nas relações de ORDEM dos fatos, da FREQUÊNCIA dos fatos e da DURAÇÃO dos fatos no transcorrer de um filmeE
AULA 50 – 16:00
OS MODOS NARRATIVOS
Já vimos na aula passada três das quatro relações entre história e narrativa: a ordem, a frequência e a duração dos acontecimentos dentro do enredo, organizados na narrativa.
Hora de vermos de perto os modos narrativos, a partir do seguinte questionamento: o narrador – seja ele em off ou a câmera – sabe mais que os personage, sabe a mesma coisa que os personagens ou sabe menos que eles?
Essa decisão molda nossas reações e produz forte influência no resultado final da narrativa, inclusive acarretando na classificação do tipo de narrativa do filme, assunto de outra aula mais adiante
AULA 51 – 18:30
O VER E O OUVIR NARRATIVO
Um dos aspectos que diferencia o audiovisual da literatura, em termos narratológicos, é o fato de o filme nos permitir VER e OUVIR. A relação entre o que o personagem vê ou ouve e o que nós, espectadores, vemos ou ouvimos, oferece uma imensa gama de possibilidades ao cineasta para desenvolver ideias, sensações e identificação. Gaudreault e Jost teorizam, em cima das ideias de Gennette, quais as implicações dos conceitos de OCULARIZAÇÃO e AURICULARIZAÇÃO no cinema
AULA 52 – 23:20
O NARRADOR CINEMATOGRÁFICO
Se há algo sendo narrado, sempre há algo ou alguém que narre
Essa máxima nos leva a perceber que mesmo que não tenhamos, em um filme, uma narração perceptível, sempre teremos alguém fazendo as vezes de narrador daquela história, e conhecer as maneiras como a teoria categoriza os tipos de narrador e as circunstâncias em que ele pode ser identificado é essencial para a compreensão da articulação narrativa de um filme
AULA 53 – 12:22
TIPOS DE NARRATIVA
Diretamente relacionado aos modos narrativos e à percepção (ou definição de quem faz o filme) do tipo de NARRADOR, é possível classificar também qual o tipo de narrativa se desenvolve em qual momento do filme. Cineastas podem optar por um tipo de narrativa constante ao longo de todo filme ou subverter as regras e, apenas em determinados momentos, alterar essa percepção do que está sendo contado, do que sabe o personagem e do que sabemos para provocar reações na audiência
AULA 54 – 08:22
FREQUÊNCIA ITERATIVA
No módulo vimos as relações entre história e narrativa conceituadas por Gaudreault e Jost. Nesse complemento, comento uma delas, a FREQUÊNCIA, especificamente o que os autores chamam de frequência ITERATIVA, com uma cena do filme O PREÇO DA VERDADE (2019)
MÓDULO 7 - ROTEIRO E SUAS FERRAMENTAS
MÓDULO 7 - ROTEIRO E SUAS FERRAMENTAS
Aula 55 – 24:24
INTRODUÇÃO AO ROTEIRO
Qual a unidade fundamental de um roteiro? A lógica de causa e consequência e o drama fílmico como um conflito de vontades. Nessa introdução ao módulo 7, falamos um pouco de conceitos fundamentais para entender o roteiro e seu funcionamento, e apresentamos alguns paradigmas muito usados – mas nem sempre necessários.
Aula 56 – 18:20
O MUNDO FICCIONAL
Um roteiro estrutura sua trama dentro de um espaço e um tempo que pertencem unicamente ao mundo retratado no filme, independente de sua veracidade ou não: mesmo em um recorte de um mundo real, num documentário, haverá a dimensão fílmica e a dimensão do mundo do espectador. Ao adentrar nessa dimensão espacial e temporal do filme, o espectador é imerso também nas regras do próprio filme e é afetado pela maneira como a trama apresenta as regras dessa mundo fictício. Aqui, falamos de diegese e suspensão da descrença.
Aula 57 – 15:00
TRAMA E ARCO DRAMÁTICO
Todo filme tem um foco dramático, normalmente definido por sua trama principal, aquela que representa os principais objetivos e anseios do protagonista, mas a imensa maioria dos filmes se desenvolve plenamente graças ao peso e atenção dado às sub-tramas, que enriquecem o desenvolvimento principal e muitas vezes são indispensáveis para a consolidação da narrativa. Normalmente, ambas ajudam a desenvolver o arco dramático do protagonista, um processo que pode atingir mais de um personagem e, mesmo que não obrigatório, costuma ter um papel importante para o bom desenvolvimento narrativo
Aula 58 – 15:30
TEMA E PREMISSA
Todo roteiro se desenvolve em torno de um tema, mesmo os mais simples, diretos e menos exigentes. Compreender qual a intenção temática do filme é importante ao observar um filme para poder, também, compreender as decisões tomadas pelo roteiro, suas escolhas narrativas, os motivos de certos arcos ou acontecimentos serem menos ou mais desenvolvidos. Todo roteirista deseja começar sua história tendo desenvolvido uma boa premissa que deixe com legado as ferramentas para se contar uma boa história
Aula 59 – 24:10
O PAPEL DO PERSONAGEM
Em uma narrativa é óbvio que o personagem tem papel central – histórias só acontecem porque personagens, humanos ou não, agem nesse sentido. Mas olhando de perto, o que caracteriza o papel ativo do personagem em uma narrativa, qual a diferença entre personagem principal e protagonista e o que configura a ideia do antagonista? E, importante, de que forma um personagem pode se desenvolver e crescer na nossa frente de maneiras fluidas, integradas à narrativa? A gente vê exemplos de todas essas questões para entender melhor os diferentes papéis exercidos pelos personagens de uma narrativa
Aula 60 – 12:40
OS TIPOS DE CONFLITO
São vários os elementos que precisam de um bom desenvolvimento para nos fazer interessar por uma trama: personagens interessantes, com uma busca real, que se esforcem para superar as adversidades – e adversidades que sejam plausíveis e também condizentes ao drama, a busca e o próprio protagonista. É aí que entra a percepção dos conflitos envolvidos na trama: se há uma adversidade ou um antagonista, há um conflito que surge do choque com as vontades do protagonista. Filmes podem fazer uso de dois tipos de conflitos, e o quanto melhor eles forem desenvolvidos, mais rico é o resultado na narrativa
Aula 61 – 39:45
FERRAMENTAS DE ROTEIRO
Claro que filmes são diferentes e nem todo filme se enquadra na lógica dos filmes produzidos pela indústria do cinema estadunidense, mas o século de cinema ajudou a cristalizar o uso de certas ferramentas narrativas, procedimentos e soluções criativas nos filmes narrativos mais vistos pelo público que elas se tornaram padrões reconhecíveis. O que faz a diferença não é usar ou não tais ferramentas, mas como seu uso pode ser visto como necessário, dispensável, criativo ou preguiçoso. Encerramos o módulo conhecendo essas ferramentas, descritas por Howard e Mabley em seu livro.
MÓDULO 8 - MONTAGEM, UNIÃO E DISCURSO
Aula 62 – 30:31
MONTAGEM: CONTINUIDADE E DISCURSO
A montagem, um dos elementos mais particulares do cinema em relação às outras artes, articula seus efeitos afetando ritmo e sentido, oferecendo unidade e proporcionando rupturas. Na aula de apresentação do módulo 8, recuperamos alguns princípios básicos da montagem, com um breve resgate histórico, e mostramos a partir da visão de Gardiés os quatro efeitos básicos dela sobre o filme e a maneira como ele articula, na criação de sentido, elos narrativos, de conteúdo, sensíveis e temporais.
Aula 63 – 10:40
FUNÇÕES DA MONTAGEM
Um dos grandes teóricos do cinema, Jacques Aumont conceitua três funções da montagem, que para alguns autores se assemelham ao que seriam seus efeitos: vamos dar uma olhada e entender, com exemplos, o que são as funções sintática, semântica e rítmica da montagem.
Aula 64 – 15:05
A ESCOLA SOVIÉTICA
Duas escolas de montagem se estabeleceram pelo antagonismo de suas ideias – a escola americana e a escola soviética – a partir da segunda década do século 20. Hoje, nosso cinema é fundamentado pela união dos dois princípios dessas escolas, mas entender o impacto dos estudos dos teóricos soviéticos da Escola de Moscou e o legado deles é indispensável para qualquer tipo de estudo direcionado à montagem e ao seu impacto no cinema ao longo do restante do século.
Aula 65 – 26:00
A CLASSIFICAÇÃO DE EISENSTEIN
O mais importante teórico da montagem no cinema, Sergei Eisenstein estudou, teorizou e classificou a montagem durante a década de 20, colocando em prática em vários filmes. Suas ideias deram origem a outros olhares e classificações posteriores. Para mostrar como elas ainda são válidas hoje, vamos ver quais os cinco tipos de montagem classificados por ele e exemplos que vão além dos filmes do próprio Eisenstein
Aula 66– 45:00
PARALELISMO E ALTERNÂNCIA
A maneira como um filme é montado pode induzir nossas reações, emoções e sensações…
A classificação de Eisenstein é a base para outros teóricos, posteriormente, olharem para a montagem com a intenção de classificar seus efeitos e suas ações. Nesse módulo, partimos do olhar de Marcel Martin e principalmente Bettón para entender como podemos categorizar a montagem de uma forma mais direta e simples, e também entender como a ordem da montagem dos planos pode não só influenciar no sentido da experiência como nos induzir a sensações e emoções/
Aula 67 – 33:00
AS LÓGICAS DE CONTINUIDADE
A “montagem invisível” tornou padrão a ideia de esconder o corte pela continuidade de ações entre um plano e outro. O cinema narrativo habitual faz uso de certas lógicas de continuidade que orientam a classificação dos tipos de raccord – cortes que determinam continuidades lógicas na edição. Nessa aula observamos os tipos de raccord e o uso de outras ferramentas de edição, como o jump cut, as transições e o split screen
Aula 68 – 33:00
ELIPSES
A maneira como manipula o tempo é um dos grandes tesouros do cinema enquanto possibilidade narrativa. As idas e vindas no tempo permitem que os filmes trabalham de diferentes maneiras o desenvolvimento da narrativa, e a possibilidade de suprimir acontecimentos e selecionar apenas o que interessa ao filme – em frente ou em direção ao passado – é o que torna as elipses um elemento expressivo tão importante se for bem usado, tanto nas seleção do que mostrar o não quanto na MANEIRA como fazer isso. Nessa aula que encerra o módulo de montagem, vamos falar das ELIPSES
MÓDULO 9 - O SOM NO CINEMA
Aula 69 – 16:35
PRINCÍPIOS DO SOM NO CINEMA
O som é o elemento expressivo do cinema que paradoxalmente é percebido mas pouco valorizado. Porque a audiência não valoriza o trabalho de som quando ele não é acintoso e destoante? Vamos conhecer os seis princípios sonoros que costumam estar em ação, normalmente, em quase todos os filmes, isoladamente ou de forma conjunta. São formas usuais de trabalhar o som nos filmes: perceber isso, de forma consciente, é o primeiro passo para podermos prestar atenção nas inúmeras maneiras que o som pode ser usado no cinema
Aula 70 – 16:40
ELEMENTOS DO SOM FÍLMICO
Os princípios sonoros se manifestam a partir da maneira como três elementos básicos se articulam em quase todos os filmes sonoros: os diálogos, a música e os ruídos. A depender do filme, a importância de cada um deles é ampliada, mas em todos eles, a maneira como a mixagem e a edição trabalham esses elementos em relação à imagem definem a qualidade e a importância da trilha de som de uma obra
Aula 71 – 12:22
PERSPECTIVA E PONTE SONORA
O som tem um papel importante na constituição do mundo do filme a partir da construção de um espaço sonoro que pode ser manipulado de formas que o espectador nem sempre perceba de forma consciente. Enquanto a perspectiva sonora pode transformar a lógica do som nos filmes, as pontes sonoras promovem a construção de uma “liga” entre planos que auxilia na montagem.
Nessa aula também falamos sobre as atitudes ou modos de escuta, e como perceber de que maneira você se comporta ao “ouvir” um filme pode ajudar vocês a prestar mais atenção nesse elemento expressivo da linguagem.
Aula 72 – 22:30
O SOM NA DIEGESE
Ainda nos anos 70 Claudia Gorbman popularizou a definição básica de nomenclatura de como age o som na diegese, e obviamente essa abordagem gerou novos olhares. Vamos ver aqui de que forma o som pode agir ne relação do que acontece no filme e do que nós ouvimos do lado de cá, a partir das percepções do som extradiegético e do som diegético, com vários exemplos
Aula 73 – 12:30
IMAGENS E FONTES SONORAS
Sons podem emanar de diferentes fontes, e como vimos, o cinema busca dar ao espectador, pela ambiência a sensação de realidade com sons emanando de 360°. Teóricos do som no cinema classificam de maneira simples a relação entre o som que ouvimos e o que vemos. Mais do que saber a classificação, interessa a nós, como sempre, percebermos como ele se manifesta e as diferentes opções de seu uso em uma narrativa
Aula 74 – 19:00
PONTO DE VISTA E PONTO DE ESCUTA
A aplicação dos princípios sonoros que vimos anteriormente permite que a gente perceba como o cinema pode usar de diferentes estratégias na maneira de tratar o som em uma cena de forma a criar sentidos ou direcionar nossa atenção quando observamos a relação entre o ponto de vista de uma cena e o ponto de escuta da narrativa, que mais criativos serão quanto mais forem explorados na sua relação
Aula 75 – 20:33
PROPRIEDADES SONORAS
O som exibe certas propriedades que entram em ação no processo do espectador de reconhecer a trilha sonora e o papel que ela desempenha na ação ativa de compreender o filme. Vamos falar de ritmo, métrica, timbre, volume e altura, sobre as diferenças dos processos de edição e mixagem e a criação de sons para o cinema
Aula 76 – 18:30
O PODER DO SILÊNCIO
O silêncio pode ser ensurdecedor. Não apenas o silêncio literal – que quase nunca é alcançado num filme, mesmo que ele seja uma criação do cinema – mas também o silêncio que se manifesta em algum dos elementos do som fílmico que, por sua ausência, consegue se tornar mais importante para a narrativa do que pela sua presença.
MÓDULO 10 - A MÚSICA NO CINEMA
Aula 77 – 42:00
PAPÉIS DA MÚSICA NO FILME
A imagem nunca esteve sozinha, e mesmo no silêncio que havia na tela, as primeiras salas de cinema tinham… música. A música desempenha um papel que é ao mesmo tempo perceptível – afinal, quem não “percebe” a trilha sonora, principalmente quando ela é marcante? – e imperceptível – se certos aspectos da música são sentidos, em outros ela age e influencia o espectador de maneira muito sutil. Nessa primeira aula, vamos ver quais papéis a música pode desempenhar em um filme.
Aula 78
DIEGESE E TRILHA MUSICAL
A classificação de origem da música num filme, dividida entre estar ou não dentro da história, é apenas o princípio de um olhar que pode ser bem mais amplo: as maneiras como a música, dentro do filme ou fora dele, podem construir uma simbiose com a trama ou, até extrapolar seu papel na tentativa de afetar emocionalmente o público
Aula 79 – 24:00
A RELAÇÃO MÚSICA / IMAGEM
A relação mais habitual da trilha musical no filme sempre foi de concordância com o que a imagem expressa, mas ao longo do século, o cinema ampliou essa relação entre música e imagem e desenvolveu novas maneiras de interação entre o que se manifesta na narrativa visualmente e o que a música expressa em termos sonoros
Aula 80 – 37:10
PRINCÍPIOS DA MÚSICA NO FILME
A subordinação da música à imagem, ao tom, às emoções, à narração, à continuidade, à diegese e à unidade formal do filme – e suas possibilidades de quebra – compõem o que conhecemos como princípios básicos da ação da música no cinema. Vamos ver cada um deles em ação, e entender como reconhecer eles ajuda a ampliar nossa audição aos efeitos da música num filme
Aula 81 – 37:00
TEMA E LEITMOTIV
Temas musicais que se desdobram e transformam dando identidade a um filme ou temas reconhecíveis que substituem a própria presença física das personagens, os leitmotivs, são as duas maneiras mais comuns e reconhecíveis do cinema, principalmente dos Estados Unidos, trabalhar a música no cinema, estabelecendo relações com a diegese, com a emoção e com personagens. Na nossa última aula, falamos do poder dos temas e leitmotivs no cinema
Aula 82
A EXPERIÊNCIA A SEGUIR
Qual o caminho a seguir, após conhecer a linguagem do cinema e suas particularidades? Existe, afinal, um caminho a seguir para estudar os filmes? Um vídeo com recados finais a respeito do que você viu, e do que ainda vai aprender com essa bagagem
CLIPE BÔNUS – 01:13:00
GRANDES CANÇÕES DO CINEMA
O cinema é a origem de inúmeras canções que saíram das telas e ganharam seu lugar na cultura popular. Obras que muita gente conhece e sabe até cantar, mesmo sem ter visto o filme ou sequer saber que elas foram compostas – ou regravadas especialmente – para um filme. Nesse clipe especial, mais de 100 dessas músicas icônicas dos anos 30 ao século XXI
CLIPE BÔNUS – 01:11:00
GRANDES COMPOSITORES E TEMAS
Listar os maiores compositores de trilhas musicais do cinema não caberia em um curso inteiro, mas para encerrar o módulo, apresentamos em um clipe especial 38 dos mais marcantes compositores da história do cinema e alguns dos seus temas mais marcantes